Se o banco iniciou a cobrança judicial da dívida, é crucial buscar orientação jurídica imediatamente. Você pode contratar um advogado ou recorrer à defensoria pública, se necessário. Em geral, é possível negociar um acordo com o banco durante o processo judicial, visando a renegociação das dívidas e evitar a perda do veículo. Responder ao processo de forma adequada é fundamental para proteger seus direitos.

O banco pode solicitar a busca e apreensão de um veículo após o atraso de algumas parcelas, geralmente previsto no contrato de financiamento. As leis podem variar de acordo com o estado e a jurisdição mas, em muitos casos, basta o atraso de algumas parcelas para que o banco inicie o processo de busca e apreensão. É fundamental que o devedor esteja ciente das cláusulas do contrato e busque a negociação com o banco antes que a situação chegue a esse ponto.

Os bancos frequentemente cometem abusos em contratos de financiamento de veículos, tais como a imposição de taxas de juros excessivamente altas, a inclusão de cláusulas contratuais abusivas e a falta de transparência nas informações prestadas ao consumidor. Além disso, a venda casada de seguros e a não adequação do contrato à capacidade de pagamento do cliente são práticas abusivas que podem ser observadas. É essencial que os consumidores estejam cientes dos seus direitos e recorram aos órgãos de defesa do consumidor ou ao judiciário caso identifiquem essas abusividades.

Após a apreensão do veículo, ainda é possível buscar uma solução. Você pode tentar negociar com o banco para recuperar o veículo ou participar de leilões em que o carro será vendido. Vale ressaltar que as opções disponíveis podem variar de acordo com a legislação local e os termos do contrato de financiamento.

A Lei do Superendividamento (Lei 14.181/2021) busca auxiliar pessoas que estão em situação de endividamento excessivo. Ela permite a renegociação de dívidas, a negociação de condições mais justas com os credores e a possibilidade de elaboração de um plano de pagamento adequado à capacidade financeira do devedor. Essa lei pode ser uma ferramenta importante para evitar a falência financeira e o agravamento da situação de endividamento, possibilitando um recomeço financeiro mais equilibrado.

Pagar somente as parcelas atrasadas pode ajudar a evitar a busca e apreensão do veículo, mas geralmente é necessário quitar todo o contrato, incluindo as parcelas futuras e eventuais custos adicionais, para recuperar o carro. A negociação com o banco é fundamental para determinar os termos exatos da recuperação do veículo após atrasos.

Não, não fazer nada não quita automaticamente o financiamento. Se você não tomar medidas para resolver a situação, o banco pode continuar com a cobrança e a busca de outros bens para pagamento da dívida. O financiamento não é quitado até que todas as obrigações contratuais sejam atendidas.